quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

Afinal, será que pai é PAI?!

Afinal, será que basta contribuir para o nascimento de um ser, para ser PAI?! Será que puderemos chamar de PAI, aquele que acompanha o crescimento de uma criança apesar de não ser sua?! Será que para uma criança é mais importante o seu pai biológico? ou aquele que a ensinou a viver, lhe deu educação e que a formou como Pessoa e Ser Humano? Não basta fazermos afirmações vãs e sem conteudo, pois o que interessa realmente é o BEM-ESTAR das crianças e as suas preferências devem ser tomadas em conta. Como se pode condenar um Homem que ama quem não gerou, que se preocupa com uma criança que não é sua? E acima de tudo arrisca tudo o que tem, seja bem material ou emocional para defender essa criança de um pai biológico, que apenas soube ser pai. Não cabe a mim fazer as condenações necessárias pois a Justiça o assim fez! Mas cabe a mim e a todos nós enquanto cidadãos, exercer os nossos Direitos de Cidadania em defesa do que achamos verdadeiramente importante. Uma criança não deve ser retirada aos seus pais biologicos se os mesmos forem capazes de lhe garantir uma Educação condigna e proporcionar-lhe uma Formação Humana decente; caso contrário devem as mesmas serem , na medida do possivel ,entregues a quem tenha essas condições e que no fundo tenha muito "AMOR" e "CARINHO" a dar. Não são falsos moralismos que deverão julgar a situação, pois um pai interessado realmente, correria "seca e meca " na procura dos filhos e não se deixaria arrastar por tribunais, que dependem da opinião de um homem, e que por ser Homem, também pode errar. Lá iremos nós continuar a seguir esta novela que nos alimenta o dia-a-dia e esperar que tenha um bom desfecho para a criança, pois a Criança é que é o importante nesta história!

2 comentários:

Rui Bandeira disse...

Cada um tem a sua opinião, mas, cuidado!, convém que seja o mais informada possível. Na "novela" a que se refere, as televisões só estão a dar um lado do assunto. Quem ler o acórdão do Tribunal, percebe que o pai biológico nunca rejeitou a filha (embora tenha duvidado se era sua filha, já que tivera apenas uma ligação ocasional com a mãe, mas desde sempre declarando que, comprovada a paternidade, a assumia e pretendia tomar conta da criança), que a procura ter junto de si Há 4 anos e que não se limitou a esparar pelos Tribunais: ao longo destes anos percoreu milhares de Km em busca e procurando localizar a sua filha, de quem até uma simples fotografia lhe foi negada...
Para uma informação mais completa, consultar http://www.verbojuridico.net/ e ler aí o acórdão do Tribunal de Torres Novas (completo)e os artigos "Caso Esmeralda: o reverso da medalha", "Caso Esmeralda: os contornos" e "Esmeralda".

Nuno Raimundo disse...

Caro Rui Bandeira agradeço desde já o seu comenário e o facto de contribuir para aclarar esta situação que tanto nos tem alimentado por estes dias.Quero que saiba que não tomei partido de nenhuma parte pois o que apenas quis mostrar com o meu Post é que muitas das vezes os pais biológicos não são verdadeiros Pais. E que existem pessoas com essa capacidade, e elas deverão ser aproveitadas para educar e formar as crianças como futuros cidadãos.É pena tambem que a Comunicação Social tambem se aproveite desta situação e não mostre tudo para desmistificar o que se está a passar na vida destas familias.