quarta-feira, 17 de janeiro de 2007

O Movimento Sindical em Portugal, que Futuro ?!

Neste momento não consigo descortinar bem qual o estado do Sindicalismo no nosso país bem como o seu papel na sociedade e panorama actual. Terão os Sindicatos laivos de corporativismo e pretensões patronais ? Defenderão os interesses reais da massa laboral que representam ? Ou defenderam posições polìtico-partidárias nas questões que se lhes apresenta a situação económico-social do momento em que vivem ? Estas questões com que me debato, são também as questões com que se deparam milhares de Trabalhadores , que independentemente de serem sindicalizados ou não, têm estas duvidas no seio da sua comunidade de Trabalho.

6 comentários:

toupas disse...

penso que os sindicatos, para sobreviverem nesta nossa sociedade, deverão tornar-se apartidários e servir os interesses dos trabalhadores acima de tudo. cada vez mais necessitamos de sindicátos fortes e quem lhes dá a força são os seus sócios. mas para isso os sindicátos têm de ser credíveis.

Nuno Raimundo disse...

Concordo plenamente com o que o caro Toupas afirmou.
Pois se a razão de ser dos Sindicatos é a defesa dos direitos dos Trabalhadores tambem os mesmos só serão fortes se os seus associados permanecerem unidos e a apoiarem os seus representantes.
Para mim uma das missões principais dos Sindicatos é a Informação, seja de cariz que for, pois só associados informados poderão ajudar os seus representantes a lutar pelos seus interesses.Não basta haver um grupo pequeno de "maluquinhos" a melgar,chatear o Patronato, se depois não tiverem o background necessário, que é o Apoio dos seus sócios.Acima de tudo penso que uma das formas de união entre os Trabalhadores é através da sindicalização; pois os trabalhadores devem estar sindicalizados, independente do Sindicato a que pertençam; para que possam então "remar" para o mesmo lado, que é o seu!
A apartidarização dos Sindicatos deverá ser o caminho a seguir, pois assim nunca existirá problemas de consciência para muitos sindicalistas quando a sua cor politica estiver no governo e não puderem defender os seus associados por estarem manietados pelos partidos.
Se um sindicato for apartidário defenderá SEMPRE melhor os interesses dos seus sócios, pois independentemente das politicas seguidas pelo governo, os interesses gerais dos trabalhadores estrarão sempre defendidos.

Zeus disse...

Apartidários???? Meus caros amigos, nos nossos sindicatos existem pessoas que só defendem os próprios lugares, as suas ascensões na carreira. E, enquanto assistirmos a estas ditas politicas de defesa dos direitos dos "alguns trabalhadores", pouco vamos conseguir e, o que alcançar-mos ou por outro lado, o que não perdermos será porque os nossos patrões assim o quizeram.

Nuno Raimundo disse...

Saudo o meu caro Zeus; mas recordo-lhe que nem sempre foi assim e tambem nem sempre se pode aplicar essa máxima.
Pois acredito que exsita um ultimo reduto de pessoas que estão na linha da frente na defesa do interesse dos Trabalhadores.
Mas cabe tambem aos Trabalhadores lutar pelos interesses dos seus pares e os Sindicatos só por si, não podem nem conseguem puxar " a brasa á sardinha dos Trabalhadores sempre que querem", pois se é verdade que só temos o que o Patronato deixa ter, também só o é , porque existe quem lute para o ter; Não basta os Trabalhadores pedirem que as coisas aparecem, também depende da margem de manobra e diálogo que os Sindicatos devem ter com o próprio Patronato. Salud Hermano!

Pedro Farinha disse...

Acho que o movimento sindical em Portugal não está a ir por bom caminho.

Claro que há excepções, dou por exemplo o caso da Auto Europa (neste caso é uma CT) que defendendo os trabalhadores, tem uma atitude responsável. Ainda no outro dia, vi o António Chora (presidente da CT) a dizer que os trabalhadores garantirão a assiduidade e a produtividade, mas é preciso tgarantir uma boa evolução nos salários.

Noutras empresas, nomeadamente nas empresas públicas e na função publica, o que assistimos cada vez mais é a um corporativismo e a um oportunismo da parte dos dirigentes sindicais e de uma irresponsabilidade completa. Apenas se preocupam com os seus ganhos pessoais, com a imagem de dureza e de vitórias aparentes no momento, esquecendo-se que devem ser um parceiro e garantiruem a viabilidade da empresa e o emprego para todos os trabalhadores.

O caso do Metro, somos colegas toupas, é tipico disto: os sindicatos preocupam-se am garantir regalias mesquinhas e esquecem-se de promover a imagem de que os trabalhadores são responsáveis e que a administração deve contar com eles, como parceiros e não como adversários. Para além de que os dirigentes e delegados (a maioria) não são colegas que demonstrem na asua actividade profissional que são exemplos a seguir. Bem antes pelo contrário.

Nuno Raimundo disse...

Caro Pedro, talvez o futuro do Sindicalismo em Portugal também passe por uma colaboração mais estreita entre as várias ORTs existentes no seio de cada Empresa, isto é , nos casos onde seja possível a sua existência; pois no nosso país de mentalidade algo tacanha ainda neste aspecto, e apesar desta pseudo-liberdade conseguida com o 25 de Abril, ainda o Patronato não vê com bons olhos estas Organizações que no fundo o que fazem é lutar pelos interesses dos Trabalhadores. Mas esquecem-se que se um Trabahador estiver satisfeito com as condições que tiver na sua empresa,também o Empregador lucra com isso. Por isso deveriam as Empresas abrir as suas portas e mesas de negociação a estes Representantes dos Trabalhadores para que no fim se unam esforçs para o aumento da Produividade e Qualidade dos seus produtos e/ou serviços.