quarta-feira, 29 de outubro de 2008

AUMENTO DO SALÁRIO MÍNIMO NACIONAL...

Parece que o Patronato, pelo menos alguma parte dele na voz do presidente da Associação das Pequenas e Médias Empresas, Augusto Morais, discordam do valor do montante do Salário Mínimo Nacional para 2009 que irá ter o valor de 450€.
É normal o Patronato ter essa posição, a de não querer aumentar os seus empregados.
Mas o que não é normal é tentarem boicotar esse aumento e a vida dos seus funcionários com ameaças vãs e inconcebíveis dignas de paises terceiro mundistas ou de ditaduras patéticas.

E o Governo não dirá nada sobre estas ameaças?
Não serve o Governo para defender os Trabalhadores?
Não podem ser apenas as ORTs a criticar esta situação!
De facto as afirmações proferidas por tal senhor, não podem cair em saco roto, senão outros abusos ou tentativas de abusos virão no meio laboral.

O aumento já era pouco e quase nulo, agora faz-me pensar que será por causa dele que não sairemos da crise...

Haja Paciência!!!

5 comentários:

António de Almeida disse...

Essa de utilizar linguagem como patronato fica-lhe um bocado menos bem Nuno.

presidente da Associação das Pequenas e Médias Empresas, Augusto Morais, discordam do valor do montante do Salário Mínimo Nacional para 2009 que irá ter o valor de 450€.
-Este sr representa quem? Quantos postos de trabalho? Irá despedir os seus funcionários? Mas espere um pouco, quer dizer que actualmente as empresas estão a pagar 426 Euros a dispensáveis? Ou irão despedir os actuais trabalhadores e contratar outros? Confesso que não percebi a lógica. Posso apresentar argumentos contra e a favor da existência do salário mínimo, 400, 450, 500 ou 1000 Euros é irrelevante para o caso, importa sim discutir se devemos ou não ter um salário mínimo. Por outro lado, terá de aceitar que a subida do valor do SMN dificulta a contratação de novos empregados, é que o CT prevê um agravamento das contribuições para a SS aplicável aos contratos a termo, como está bom de ver estes não serão os trabalhadores mais imprescindiveis ou qualificados, pelo que existirá a tendência de recorrer ao outsourcing, por ex. para varrer o chão prefiro contratar uma empresa de limpezas, certo? Nem sequer estou a falar de recibos verdes, embora o recurso a free lancers para determinadas actividades se torne cada vez mais apetecível.

R. da Cunha disse...

Se uma empresa não pode pagar 450 euros, não deve estar a fazer nada no mercado. Encerre-se, que outra mais capaz abrirá.

Nuno Raimundo disse...

bOAS ANTÓNIO...

Bem sei que neste tipo de temas temos uma opinião um pouco "distante", o que até é bom, possibilitando um salutar debate. :)

Sei que classificar de Patronato é bem "forte", mas não deixa de ser a realidade. Não posso é chamar de patronato aos funcionários, não é?!
Mais a sério porque o tema e o António o merecem,
É óbvio que foram afirmações feitas a quente, mas que qualquer das formas não deveriam ter sido proferidas pois causam mal-estar no meio laboral das PMEs. O que ficarão a pensar os funcionários das milhares de PMEs existentes em Portugal e que no fundo são os maiores empregadores do país, retirando a Função Pública?
Ficarão bastante ansiosos devido à precariedade laboral que existe em Portugal.
Eu pessoalmente que até tenho um bom emprego não gostei das ameças feitas por tal senhor...

Quanto a salário mínimo, penso e defendo que o mesmo deve existir a té para que não agrave e aumente a precariedade laboral. Para que nenhum empregador, talvez assim ninguém se melindre, abusar ou tentar "escravisar" os trabalhadores e tentando pagar montantes ridiculos e irreais.

Se o valor a definir neste momento é o correcto, aí o caso muda a figura, pois nos dias que correm já é dificil viver com menos de 1000mês quanto mais só com 450€.

Mas aí o Estado devia analisar caso a caso ( num sentido lato) e definir medidas e apoios ao nivel da carga fiscal e Seg.Social,e criar Reguladores para que as PMEs não se afundem em casos de crise generalizada.

Agora o que tb não pode acontecer é um empresário abrir uma empresa e pensar ter lucro ás custas dos seus funcionários e não atraves dos produtos e serviços que propõe.
E se as coisas não correrem de feição, fechar portas, enviar os trabalhadores para o desemprego e no dia a seguir abrir outra empresa como nada se tivesse passado, situação que ocorre em demasia em Portugal.

Bem sei que neste caso concreto aumentar o valor minimo em cerca de 25€ pode ser bastante penalizante para muitos empresários que têm pequenas empresas e que poderão por em risco o pagamento atempado do ordenado, mas é como digo, não podem ser os empregados a pagar por tudo e darem os "costados ao manifesto"...

Quanto ao Outsorcing tenho uma posição bastante negativa.
Promove a precariedade laboral, diminui a qualidade dos serviços e fomenta a desreponsabilização dos trabalhadores, pois irão trabalhar desmotivados ( o que tb critico!).
O que garante é uma possibilidade de haver lucros maiores do que se as empresas detiverem empregados proprios, pois terão de pagar os impostos relativos a cada funcionário, a sua formação, sub férias e respectivos dias de descanso, com baixas médicas, e outras situações habituais...
Por isso é normal que o Outsorcing esteja a entrar num Boom bastante grande.


PS: O António que não se "chateie" comigo, mas eu não sou faccioso na generalidade, mas no que toca a temas laborais, só consigo ver as coisas pelo lado dos trabalhadores, porque por norma são sempre os mais penalizados e os primeiros a sofrer as consequências de más gestões.
abr...prof...

Nuno Raimundo disse...

Boas r. da cunha...

Isso é verdade. Se alguém vê que n
ão consegue pelo menos honrar o compromisso de pagar um montante tão irrisório como 450€ então nem vale abrir portas e mais vale ser empregado de alguém...

Não se pode é ser Empresário e a seguir ser caloteiro.

abr...prof...

António de Almeida disse...

Caro Nuno, nunca me chateio com quem debato, aqueles que não sabem debater ignoro-os, mesmo os que vão apoiar as minhas posições lá no sítio aproveitando para insultar terceiros que lá vão discordar de mim. A liberdade tem destas coisas. Só não gosto do termo patronato, tal como não gosto de patrões, prefiro empresários, mesmo sabendo que existem alguns ainda de lápis na orelha sem respeito por nada nem ninguém.