segunda-feira, 7 de maio de 2007

CHEGOU A MADELEINE...

Os portugueses adoram novelas...
Agora é a vez da “Madeleine” entreter os Tugas. Antes foi o “Apito Dourado”, a “Esmeralda", os “Amores da Carolina”. Depois veio o célebre “Diploma de Sócrates” e findou com o “Circo de Lisboa”.
E para o povo não se maçar, eis que temos agora outra nova novela digna de uma TVI com as audiências em alta: "O Desaparecimento de Madeleine”!
Então não é que a criança desapareceu do quarto enquanto estava a dormir a sesta com os seus dois irmãos mais novos enquanto estava cá no burgo acompanhada pelos respectivos pais a passar umas férias.
Estranho isto, não?! E os pais onde se encontravam?!
Então deixam três crianças sozinhas e sem estarem acompanhadas por um adulto, e logo nos dias que correm e especialmente num país que não é o seu de origem?!
Estavam à espera do quê?
A criança até podia ter saído somente do quarto para passear, sem que nada lhe tivesse acontecido. Mas por azar dela e dos seus país desapareceu.
E como foi? Quem a fez desaparecer?
Mas não é que os paizinhos da menina agora acusam as autoridades portuguesas por serem lentas a actuar?!
Então uma das principais responsabilidades dos pais não é zelarem pelos interesses básicos e de segurança dos seus filhos?!
Agora resta a todos inclusive o cidadão comum ajudar na busca desta criança. Vamos ver se não vamos atrasados também...

2 comentários:

Pedro Farinha disse...

Realmente é triste ver a desgraça dos outros virar Reality Show nacional.
Até o Público que tinha obrigação de ter mais juizo, tem como pergunta de opinião se achamos ou não que a polícia portuguesa agiu bem neste caso.
e esta hem ?

Nuno Raimundo disse...

É bem verdade caro Pedro.
Os portugueses estão habituados( e gostam)de ver "sangue". Deve ser algum trauma genético que nos aflige. Parece que temos de andar sempre entretidos com escândalos e coisas afins...
Parece que não sabemos (como povo) fazer ou estar interessados noutras coisas, tal o grau deprimente e a relevância que damos a estes factos.
E é mais triste ainda ver um jornal que se quer como referencial, estar ainda a "brincar" com o assunto.
É grave, muito grave, esta banalização da desgraça alheia...
Abraços Profanos