O nosso amabilíssimo Presidente da República veio a público dizer que “temos de viver com o dinheiro que temos”.
Nada mais que razoável estas afirmações...
É normal que cada um tenha de viver com o que tem.
Até eu vivo com o dinheiro que ganho.
Mas afinal onde está o guito a que ele se refere, o dinheiro do país?!
Aquele que choveu dos fundos comunitários nos tempos em que era nosso primeiro-ministro?!
Não o gastou ele em estradas, pontes e demais betão armado?!
Agora quer ele o quê?
Que vivamos do nada?!
Cada vez mais me passo com estes políticos, as suas politiquices e as suas afirmações iluminadas...
6 comentários:
Bom, essa afirmação é mais do que uma realidade ao longo dos tempos, se não vivo com o meu dinheiro só me resta uma solução que é roubar e viver com o dos outros. O estado é que nem sempre se comporta assim, vive de fundos dados ao longo dos anos, efectua duplas tributações na compra de automóveis novo e recusa-se a cortar um dos impostos... Antes de nos virem moralizar, moralizem-se eles próprios. Cumps!!!
bem dito!!!
abr...prof...
Redundâncias discursivas, meu caro Profano. Olhe, um conselho: não se moleste, que a vida é curta!
Lá isso o meu amigo r.da cunha tem razão.
Mas que me molesta, molesta.
Para mais vindo de quem veio, o P.R....
abr...prof...
"Mas afinal onde está o guito a que ele se refere, o dinheiro do país?! Aquele que choveu dos fundos comunitários nos tempos em que era nosso primeiro-ministro?! Não o gastou ele em estradas, pontes e demais betão armado?!"
A primeira coisa que temos de desmistificar é esta história dos fundos comunitários.
Segundo o próprio Eng. Ferreira do Amaral, ministro dos governos de Cavaco Silva, os apoios comunitários ao tal betão nem chegaram a dez por cento (ver http://arquivosdoraio.blogspot.com/2007/08/o-apoio-comunitrio-no-chegou-dez-por.html).
É que a forma de políticos hipócritas e desonestos nos venderem a entrada na União Europeia era que a UE (na altura CEE) nos iria dar uma data de dinheiro para nos desenvolvermos.
Isto é totalmente falso, a UE dá com uma mão e tira com outra.
Dos vinte anos que decorrem desde a adesão à então CEE, um terço (desde 2000/2001) foram de completa estagnação em que Portugal se viu na sua maior crise desde as guerras liberais do Século XIX.
Quanto ao que o Cavaco diz, é melhor, para não ficarmos mal dispostos, nem ligar.
Portugal foi sempre um dos países com taxas de poupança mais elevadas do mundo. Estes hábitos de poupança desapareceram com a entrada no Euro pois a descida abrupta dos juros esfumou os rendimentos da poupança e levou os portugueses a desatarem a comprar casas como forma de poupança.
A estupidez completa foi a adesão ao Euro e choca-me ver políticos com responsabilidades neste processo, como o actual presidente da república aparecerem agora, como se não tivessem culpas no assunto, armados em moralistas.
eu também já começo a não ligar "peva" ao que este senhor diz...
abr...prof...
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