terça-feira, 17 de março de 2009

CARTÕES DE VIAGEM DO SISTEMA INTERMODAL DE TRANSPORTES DE LISBOA...

Já há bastante tempo que começou uma reforma do sistema de transportes para a área urbana de Lisboa ao nível dos seus títulos de transporte.
Passaram as grandes empresas de transporte, vulgo Carris, Metropolitano, CP, Transtejo/Soflusa e Fertagus a usar o sistema de contato de títulos de transporte, os agora "habituais" cartões Lisboa Viva e os chamados cartões ecológicos, o "7 Colinas" e o "Viva Viagem", sendo os dois últimos a mesmíssima coisa, só muda é a cor.
Não sei porque os consideram de ecológicos, pois continua-se a usar papel e quando se adquire um título/viagem saiem sempre 2 papeis, o comprovativo do que se comprou e a fatura obrigatória.
No sistema antigo, pelo menos não se gastava tanto papel, era só o bilhete e o devido recibo mas como estamos em Portugal...

O problema é que apesar deste sistema existir á cerca de 8 anos, o mesmo ainda não interiorizado pelos passageiros nem pelas respetivas empresas de transportes e passo a explicar, os passageiros porque quando adquirem os seus cartões e os "carregam" de viagens, nunca reparam que os mesmos são de fato "carregáveis" durante um ano, como está afixado nas costas dos "Viva Viagens" e deitam os cartões fora, perdendo neste caso o valor do cartão, algo que as empresas agradecem porque numa nova utilização lá se tem de adquirir novo cartão recarregável, bem como os que sabem que ele é carregável, não os conservam da forma devida, mas como também só custam 5o cêntimos ( à data de que este texto é postado), no problem, compra-se um novo. E mais uma vez as empresas agradecem.
É obvio que cada um é responsável por cuidar do seu cartão, mas o material de que ele é feito nada ajuda, para mais quando é um cartão de espessura muito fina e com um circuito eletrónico no seu interior. Mas também para algo que custa apenas 50 cêntimos também não poderia ser melhor. Ou será que poderia e deveria!?
É que os passageiros pagam um serviço, independente de o cartão estar nas devidas condições.
E não deve a sua viagem estar dependente do cartão estar bom ou não, quando efetivamente se encontra "carregado".
Mas sempre é possivel "carregar" alguns tipos de títulos de transporte no cartão que normalmente se usa para "carregamentos mensais" o chamado "Lisboa Viva", e que nem toda a gente o tem e nem mesmo que o tivesse ( é mais caro e custa entre 7 a 10 euros, dependendo da sua urgência) se poderia "carregar" as viagens que se quisesse. A mais valia é que é resistente, mas também o seu custo é superior.
Por isso, é fácil para as empresas alegarem o mau uso e má conservação dos respetivos cartões, mas também não os pudemos guardar de forma religiosa, por isso é que defendo se o problema de não existir um material melhor, que neste caso se aumente o custo do referido cartão, mas que depois o cartão de novo material seja mais resistente às carteiras e bolsos dos tugas. Apenas isso.
Não pudemos é estar a tentar utilizar o autocarro, o barco, o comboio e o metro e os cartões por estarem um pouco dobrados e (até mesmo direitinhos eles avariam!!!) não o conseguirmos fazer.

E depois devem as empresas de transportes quando implementam estes novos "sistemas" ponderarem nas consequências dos mesmos e falo isso por causa da notícia que vem no jornal gratuito "Metro" na edição de hoje (16-03-09) na página 3, em que refere tudo aquilo que é contrário ao que nos dizem quando adquirimos um cartão, em que o mesmo quando vazio existe a possibilidade de "carregar" títulos de outro operador.
E na referida notícia é referido que isso nem sempre é possível, pois quem usa o seu cartão dito "recarragável" na CP ou na Fertagus, não o consegue utilizar noutro operador. Causando os normais e indesejados transtornos em quem tem de utilizar vários operadores de transporte nas suas deslocações. E pior ainda, tem o seu cartão em excelentes condições e mesmo assim é obrigado a comprar novo cartão para se poder deslocar, e nem sempre é possível fazer a retoma do mesmo no prazo de 5 dias úteis que as empresas publicitam, devido ao fato de nem sempre existirem postos abertos nos horários de exploração bem como ao encerramento quase compulsivo de grande parte dos quiosques de vendas de alguns operadores.

Não sei se as pessoas se queixam mas as empresas devem elas próprias refletirem um pouco nisto que abordei.
Mais vale implementar algo novo, se o mesmo for possível e comprovado após teste com o software melhor criado para esse sistema. Não é com upgrades que se vai lá...
E enquanto as empresas andam nisto de apontar culpas umas às outras, andam os passageiros a reboque delas...

2 comentários:

manuel gouveia disse...

Só se pode trocar o cartão se tivermos o respectivo comprovativo da compra... há muito que se perdeu qualquer vestígio de decência em Portugal.

Nuno Raimundo disse...

Boas manuel...

Compreendo o porquê de se ter o comprovativo para se ser ressarcido. é apenas para que a empresa que cobra os 50 cêntimos os develver ao passageiro. e para que não seja outro operador a assumir esse custo.

Quanto à decencia, já há muito tempo que ela anda longge do nosso país... :(

abr...prof...